O que esperar do novo ciclo cripto?

O fim do jogo fácil

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2021 foi o ciclo dos sonhos.

Tokens aleatórios batiam 10x em semanas.

VCs levantavam bilhões com um pitch no slide.

E qualquer blockchain que prometesse "mil TPS" ganhava seguidores fanáticos.

Só que… muita coisa que parecia "disruptiva" era só espuma.

Em 2025, o mercado já não é o mesmo.

Os investidores mudaram. As perguntas mudaram.

E a forma de ganhar dinheiro aqui também precisa mudar.

Esse conteúdo é sobre isso.

Sobre o que vem depois da festa.

Isso é, como se posicionar pro que tá sendo construído de verdade, com utilidade, tração e visão de longo prazo.

Não é sobre prever o próximo pump. É sobre entender os fundamentos que vão guiar os próximos anos.

Então bora mergulhar nisso.

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Nem toda L1 vai surfar esse ciclo

Durante um tempo, investir em tokens de gas das Layer 1 era o "play mais fácil" do mercado. A lógica?

Se o ecossistema cresce, a demanda por gas cresce… e o token valoriza.

Só que hoje, isso não é mais suficiente.

A maioria das blockchains L1 falhou em construir diferenciais reais.

O que vemos são versões recicladas de Ethereum, com poucas melhorias concretas e muita promessa vazia. E o mercado percebeu.

Os investidores estão mais seletivos. Agora, só as chains com caso de uso claro, proposta bem definida e capacidade de atrair apps com tração real vão sobreviver ao filtro do ciclo.

Ou seja: ser uma blockchain genérica e “completa” não garante mais nada.

As L1s que ainda podem performar bem são as especializadas, seja em games, IA, ZK, ou DeFi de nicho. Mas mesmo assim, vão ter que mostrar utilidade concreta e métricas de adoção, porque a fase da “narrativa pela narrativa” está acabando.

E mais importante: os apps que rodam em cima dessas chains estão gerando mais valor que a própria infraestrutura.

Valuation insana ficou no passado (ainda bem)

Todo ciclo tem seus excessos e no último, o exagero veio nas valuations sem produto.

Projetos levantando dezenas de milhões com whitepaper vazio, tokens listando com valuation de unicórnio antes de ter um usuário ativo… e VCs extraindo lucro no varejo sem entregar nada de concreto.

Esse modelo quebrou.

Agora, a lógica é outra, desse modo, o capital está mais escasso, o mercado está mais exigente e os fundos estão sendo cobrados por resultados reais.

O investidor médio também ficou mais esperto. Ficou claro que hype, IDO com TGE alto e unlocks mal planejados só favorecem insiders e isso virou red flag.

O lado bom?

Isso força os VCs a serem mais seletivos.

Sem fluxo fácil de saída, só vai captar quem tem projeto com fundamento, métrica e tração real. E isso tende a melhorar o ecossistema como um todo.

O mercado está cobrando responsabilidade. E isso é bom.

Mais institucional = mais correlação com o mundo real

Durante muito tempo, o mercado cripto parecia viver numa bolha própria.
Subia e descia por fatores internos, sem ligação clara com o que acontecia no resto do mundo.

Mas isso mudou.

A entrada de ETFs, tesourarias corporativas e players institucionais fez com que o Bitcoin (e parte do mercado) se alinhasse cada vez mais com os ciclos macroeconômicos.

Inflação, juros, fluxo global de liquidez… tudo isso agora importa e muito.

Não significa que o Bitcoin virou um ativo tradicional, mas que ele está mais exposto à lógica dos grandes mercados. E isso muda o ritmo.

Menos explosões insanas por pura narrativa. Mais períodos longos de acumulação. E uma resposta mais direta a eventos como decisões do Fed, crises geopolíticas ou variações no DXY.

Isso tudo tem sido um sinal de maturidade. E isso exige outro tipo de leitura do mercado.

Quem tem Product Market Fit, tem tudo

A era do "investe na infraestrutura que o app vai vir depois" está acabando. Hoje, o mercado quer ver resultado real e rápido.

PMF (Product Market Fit) virou a sigla mais importante do ciclo. Se um protocolo tem usuários, receita, uso orgânico e resolve um problema claro… Ele atrai capital. Liquidez. Atenção. E sim, valorização.

Enquanto isso, os tokens de L1s genéricas sem app, sem volume, sem tração…
Continuam presos em narrativas de 2021.

Um exemplo? O Jupiter na Solana: o DEX entregou mais receita que a própria rede onde roda. E não é caso isolado, muitos apps estão ficando maiores que as infraestruturas que os hospedam.

O capital vai onde está o valor.

A barra dos utility tokens subiu (e muito)

Acabou a era do “só de ter token já vale bilhões”. Agora, o token precisa justificar sua existência.

Não dá mais pra fingir que o token tem utilidade só porque ele existe. Se o ativo não melhora o produto, não participa da receita, não atrai usuários ele é só um pedaço de código sem propósito.

Investidores estão cada vez mais exigentes. Segurar um token sem função clara virou sinônimo de prejuízo.

Projetos sérios já entenderam que o token precisa fazer parte da estratégia de crescimento. A proposta precisa ser: segure isso porque vai te dar acesso, retorno, governança, uso…

E, principalmente, porque sua existência melhora o produto.

Do contrário, o mercado trata o ativo como o que ele é: lixo especulativo que ninguém quer ficar segurando por mais que 48h.

Tokens sem PMF e sem utilidade real vão ser ignorados. E os holders, esquecidos.

DeFi, RWAs e stablecoins: os únicos com tração real

No meio de tanta promessa furada e narrativa reciclada, alguns setores realmente entregaram. E, entre eles, três se destacam:

1. DeFi virou a base da nova infraestrutura financeira cripto.

Trocas, empréstimos, derivativos, staking… tudo acontecendo on-chain, sem depender de intermediários. Mesmo com ciclos de baixa, os protocolos DeFi seguem gerando receita, atraindo usuários e integrando novas soluções.

2. RWAs (Real World Assets) trouxeram ativos do mundo real pra blockchain:

Títulos públicos tokenizados, imóveis, ações, ouro — tudo acessível globalmente com menos fricção.

Isso abriu espaço pra uma nova leva de produtos financeiros, misturando o melhor dos dois mundos: segurança tradicional com eficiência cripto.

3. Stablecoins são, sem exagero, o maior caso de uso já visto na Web3.

São o que o e-mail foi pra internet: a primeira aplicação que funciona e resolve problemas reais. Fuga do IOF, remessas internacionais, proteção contra inflação, pagamentos globais…

Elas são a porta de entrada para milhões de pessoas.

Esses setores têm uma coisa em comum: gente usando de verdade.

Não é narrativa. Não é trailer. É produto funcionando.

E, nesse novo ciclo, adoção real é o que vai importar.

O fim da era dos “10x fáceis”

Durante anos, o sonho de multiplicar o capital rapidamente fez muita gente entrar no mercado cripto. Era o auge da “sorte de principiante”: bastava comprar qualquer token com nome engraçado no início do ciclo e esperar os foguetes decolarem.

Mas agora, o jogo virou.

A liquidez ficou mais exigente. O capital busca retorno com menos risco. E os ciclos estão sendo dominados por players experientes, bots e estruturas de investimento profissionalizadas.

O que isso significa?

Que a fase em que um investidor aleatório fazia fortuna em questão de semanas está ficando no retrovisor. Os poucos que ainda conseguem multiplicações absurdas… fazem isso tirando dinheiro de quem tem menos preparo.

O que tudo isso nos mostra?

Se esse ciclo está deixando algo claro, é que o mercado cripto está crescendo, mas não no sentido que muitos esperavam. Não é mais um crescimento puramente especulativo, alimentado por euforia cega e promessas exageradas. É um amadurecimento.

Narrativas vazias, tokens sem uso real e blockchains “de prateleira” perderam força.

Por outro lado, projetos com produto, receita, tração e usabilidade estão atraindo capital e construindo valor de verdade. O investidor que entender isso e adaptar sua forma de investir vai se posicionar muito melhor.

O tempo dos ganhos fáceis pode ter passado. Mas o tempo dos retornos sustentáveis, com estratégia e visão, está só começando.

Não somos gurus financeiros! Use este artigo para se informar, mas lembre-se de que investir é arriscado e vale a pena fazer sua própria pesquisa.

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