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Jornal Semanal 16/06
Bem-vindos ao Jornal Semanal, então bora tentar navegar pelo mercado cripto sem rir (ou chorar) o que é praticamente impossível.

Atualização de mercado
Preço nos últimos 7 dias
Apesar do cenário geopolítico tenso… com nova escalada no conflito entre Irã e Israel o mercado teve uma semana mista.
Enquanto o Bitcoin segurou bem acima dos US$ 80 mil, várias altcoins despencaram. Destaques negativos: INJ (-10%), TIA (-10%), GT (-9,8%) e IMX (-9,1%).
Por outro lado, algumas narrativas brilharam:
AERO subiu +61,3%
AB foi a +38,7%
KAIA, MKR e UNI fecharam a semana com ganhos acima de 20%
Resumo: o mercado segue dividido, mas o BTC continua mostrando força, ainda que no curto prazo tenha corrigido um pouco.

CryptoBubbles | Print tirado 11:45 em 16/06
Índice Fear and Greed Index

Índice Fear and Greed Index - 16/06
Se antes o clima era de pânico, agora o humor virou.
O Fear & Greed Index, que mede o sentimento geral do mercado cripto, tá marcando 61 pontos – zona de ganância.
Isso significa que os investidores voltaram a assumir risco.
🔍 Pra comparar:
Mês passado? Estava em 74 – euforia.
Semana passada? 62 – alta ainda.
Hoje? Um degrauzinho abaixo, mas ainda na mesma faixa: ganância.
O que isso sinaliza?
Que mesmo com o BTC lateralizando nos US$ 80 mil, o mercado ainda acredita na alta. E mais importante: as pessoas estão dispostas a comprar no topo ou perto dele.
Só que aqui mora o perigo.
É nessa hora que os movimentos ficam mais instáveis. Quando todo mundo já entrou, quem ainda vai comprar? Se não vier um novo fluxo, o mercado realiza.
E isso explica a volatilidade dos últimos dias: muito apetite, pouca confirmação.

Notícias da semana
Segurança em cripto: o jogo subiu de nível
Durante muito tempo, a conversa sobre segurança em cripto girava em torno de “não deixar em corretora” e “usar hardwallet”. Para a maioria, é isso, fato.
Mas o tempo passou. E o mercado cresceu MUITO.
Agora, não são só hackers de computador que você precisa se preocupar. O risco é físico e real.
Se você não tomar cuidado, its over, acabou tudo.
Um erro e já era… Não vai vacilar.
Essa semana, o caso da Bitcoin Family só mostrou isso pra todo mundo.
Didi Taihuttu, o pai da família que vendeu tudo pra viver 100% em Bitcoin desde 2017, anunciou que abandonou as carteiras físicas e mudou completamente a forma como guarda seus ativos.
O motivo?
Sequestros. Ameaças. Invasões de privacidade.
E não são casos isolados:
Um executivo da Ledger e sua esposa foram sequestrados na França.
Um turista em Nova York foi torturado por 17 dias tentando arrancar a senha da sua wallet.
Um pai de investidor cripto teve o dedo decepado num sequestro em Paris.
A era do “investe tranquilo e guarda tudo na Ledger” está sendo testada.
O que a Bitcoin Family fez?
Dividiu a seed phrase em quatro partes.
Escondeu cada parte em um continente diferente.
Criptografou palavras específicas para enganar até quem encontrar.
Abandonou hardware wallets por completo.
Só acessa o “pensionato” da família se o BTC chegar a 1 milhão de dólares.
Não é exagero. É o novo normal pra quem carrega fortunas em ativos digitais.
O nome é multsig, você já fez algo nesse sentido? É bemmm complexo.

Bitcoin agora aceita 4MB no OP_RETURN. Liberdade criativa ou tiro no pé?
Sim, é isso mesmo que você leu.
O limite do OP_RETURN
, aquele espacinho que o Bitcoin deixava pra você guardar um bilhetinho de amor ou uma imagem de 80 bytes, agora vai saltar pra 4MB.
Quase mil vezes mais…
É como se o BTC tivesse passado de um post-it pra um HD externo.
Mas calma. Nem todo mundo tá animado.
De um lado: os devs do “libera geral”
Pra galera do “mais é mais”, essa mudança é libertadora. Dá pra gravar textos, imagens, memes, NFTs, código e o que mais couber. O argumento?
"Bitcoin é uma rede livre, o protocolo não deveria decidir o que pode ou não ser gravado."
A lógica é simples: se alguém pagar a taxa e tiver espaço no bloco… deixa fazer. É o lado mais “cypherpunk designer” da coisa.
Do outro: os puristas do som dinheiro
Já os conservadores do BTC estão gritando:
“Isso vai virar um pendrive de JPEGs! Cadê a visão de Satoshi, meu irmão?”
Pra essa turma, o Bitcoin deve ser enxuto, leve, previsível. O risco é virar uma blockchain entupida de “lixo digital”, tipo uma mistura de cartão SD com repositório de fanfic.
E com isso, perder o foco em ser uma reserva de valor séria.
E agora?
O update tá previsto pra outubro. Até lá, espere muita discussão em fórum técnico, gente cancelando dev no Twitter e aquele clássico:
“Esse é o fim do Bitcoin.”
Spoiler: não é.
Mas é mais um capítulo na novela “o que o Bitcoin deve ser?”. E, spoiler 2: essa novela ainda vai longe.

O golpe dos devs da Coreia do Norte (e o rastro de milhões em cripto)
Enquanto você achava que estava contratando um programador freelancer pra aquele projeto urgente... Na real, podia estar bancando o programa de mísseis da Coreia do Norte…
Sim, é sério.
O que rolou:
O Departamento de Justiça dos EUA entrou com um pedido para confiscar US$ 7,74 milhões em criptomoedas ligados a um esquema de falsos trabalhadores de TI norte-coreanos.
Esses fundos estavam congelados desde 2023, quando Sim Hyon Sop, um representante do banco estatal da Coreia do Norte, foi acusado de movimentar mais de US$ 24 milhões com o golpe.
Desenvolvedores norte-coreanos fingiam ser freelancers de outros países (muitos com IDs russos falsos).
Eles eram contratados por empresas dos EUA, Europa e Ásia, ganhavam em dólar ou cripto.
O dinheiro era lavado por meio de carteiras, NFTs e exchanges — e depois enviado pra Pyongyang.
O destino? Financiar programas cibernéticos e bélicos do regime.
A escala do problema:
Estima-se que milhares de trabalhadores foram infiltrados globalmente.
Cada um podia faturar mais de US$ 300 mil/ano.
Só nos EUA, mais de US$ 88 milhões foram desviados em seis anos.
Empresas como a fictícia "Chinyong", ligada ao Ministério da Defesa norte-coreano, abriram contas com documentos falsos para lavar o dinheiro.
O que os EUA estão fazendo:
Congelaram carteiras de cripto com US$ 7,74 milhões.
Já indiciaram mais de uma dúzia de pessoas.
Estão investigando empresas e indivíduos que “sem saber” contrataram esses trabalhadores.
Moral da história?
Não é só airdrop que você precisa olhar com cautela. Até o seu dev do Upwork pode ter ligação com governos autoritários…
Se for pagar em cripto, faça sua parte: conheça quem você está contratando.

Analises da semana
Apenas algumas altcoins realmente superaram o Bitcoin este ano, com o 'Altcoin Season Index' caindo entre 10 e 20, dependendo da medida usada.


Gráfico interessante do @tokenterminal mostrando que os volumes do Uniswap permaneceram praticamente estáveis desde 2021:


Parece que os tokens/airdrops MetaMask e Linea estão cada vez mais prováveis:


Não somos gurus financeiros! Use este artigo para se informar, mas lembre-se de que investir é arriscado e vale a pena fazer sua própria pesquisa.
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