Jornal Semanal 04/08

Ainda temos altseason pela frente? Entenda as principais notícias do mercado cripto!

Bem-vindos ao Jornal Semanal 🗞️👇

Agosto começou no modo confuso!

É euforia seletiva, correções violentas e um mercado que parece andar em duas direções ao mesmo tempo.

Tudo depende de onde você está posicionado.

Vamos destrinchar o cenário da semana, sem hype nem filtro:

Atualização de mercado

Ethereum lidera o mês com alta de quase 37%, diferente do bitcoin que corrigiu no mês de julho. O que nos deixou com um forte sentimento de altseason, será que se intensifica agora em agosto?

A alta coincide com o rali dos ETFs, as entradas institucionais e um mercado que começa a dar mais peso à tese de staking, burn e deflação.

Vamos acompanhando para ver como o mercado vai reagindo ao longo desse mês.

Mercado Geral:

🙂‍↔️Se o ETH brilhou no mês, o mesmo não dá pra dizer do resto do mercado nesta última semana… O que desfaz o nosso sentimento de altseason…

As bolhas estouraram em quase todas as direções e as criptos deram uma diminuída no ritmo crescente que estavam na semana anterior.

O clima foi de correção generalizada, com exceções pontuais.

A tese? Narrativas isoladas, hype especulativo e pouca liquidez, ou seja, subiu rápido, caiu mais rápido ainda.

📊 Ganância ainda domina, mas começa a dar sinais de enfraquecimento

O Fear & Greed Index caiu de 55 para 52 pontos em uma semana. Ainda em “Ganância”, mas com leve desaceleração.

Na prática, o mercado segue otimista, mas com menos convicção.

Pode ser só uma pausa antes de nova alta ou um alerta de que o ciclo está ficando saturado no curto prazo.

Análise das principais criptos:

🪙 Bitcoin: esse respiro é só armadilha?

O Bitcoin escorregou pra região dos US$ 112 mil nos últimos dias…

Derrubando a capitalização do mercado em mais de 3% e deixando um rastro de quase US$ 372 milhões em liquidações, sendo a maioria de longs.

Vocês sabem que o mercado não brinca com dinheiro…

Muita gente entrou fortemente no BTC, pensando que iria direto pra nova máxima. Mas o mercado resolveu testar o emocional antes.

A movimentação ainda não quebrou suportes importantes, mas o sinal de alerta tá aceso: o volume caiu, a volatilidade subiu e o apetite comprador parece mais seletivo.

No macro, o problema é outro: não tem grana nova entrando.

O crédito tá travado nas principais economias, e os estímulos que empurraram o mercado no primeiro semestre começam a perder força.

O cenário ainda é de alta no longo prazo, mas o curto pode e vai machucar.

Por enquanto, seguimos flertando com os US$ 100 mil. Se o suporte quebrar, o mercado vai ter que lembrar rápido o que é “bear market educado”.

⚠️ Solana: queda real ou armadilha pra urso?

A SOL fechou julho com +12%, mas bastaram dois dias de agosto pra devolver quase tudo. Caiu mais de 7,5% em 24h e rompeu um suporte importante.

O padrão de alta que vinha segurando o preço foi quebrado e agora o mercado se pergunta: acabou o fôlego ou vem contra-ataque?

O problema está nos fundamentos de curto prazo:

  • Endereços ativos despencaram de 4,1 milhões pra 3,2 mi em 10 dias.

  • A rede esfriou, e o preço acompanhou.

  • A estrutura de alta perdeu força justo quando precisava de confirmação.

No mercado de derivativos, o clima também é de pessimismo:

  • Shorts dominam com US$ 1,69 bilhão em posições.

  • Longs somam só US$ 244 milhões.

  • Nada de guerra de alavancagem, o viés é baixista mesmo

Pra virar o jogo, a SOL precisa de três coisas:

  1. Atividade on-chain subindo de novo

  2. Romper os US$ 175–180

  3. Fechar o dia dentro da antiga estrutura de alta

Até lá, quem apostar em recuperação sem base... pode estar caindo em armadilha de alta, e não o contrário.

Notícias da semana

💣 O maior roubo de Bitcoin da história passou 4 anos escondido

Você acha que já viu tudo no mercado cripto… mas sempre dá pra se surpreender.

A Arkham revelou neste fim de semana um hack de 127.426 BTC que aconteceu em 2020 e simplesmente passou batido até agora. Valor na época? US$ 3,5 bilhões.

Hoje? Quase US$ 15 bilhões.

O alvo foi o pool de mineração chinês LuBian, que na época era o sexto maior do mundo. O ataque aconteceu no fim de dezembro de 2020 e levou 90% dos fundos. Só 11.886 BTC escaparam por pouco.

O mais bizarro? Ninguém soube disso por quatro anos. Nem o hacker, nem a plataforma divulgaram nada. Silêncio total.

A falha? Um algoritmo fraco na geração de chaves privadas, que pode ter permitido um ataque de força bruta. Coisa de amador… num sistema que custava bilhões.

A equipe da LuBian ainda tentou “conversar” com o invasor mandando mensagens via OP_RETURN nas transações, mas, claro, não rolou devolução.

Esse caso agora supera o hack da ByBit (US$ 1,5 bi) e o do velhinho que perdeu US$ 330 milhões em engenharia social.

Moral da história?

Cripto não perdoa vacilo técnico.

🕵️ Monero em risco: um “ataque” que nem parece ataque

A moeda mais privada e segura que o Bitcoin está passando por prblemas... O que mostra que não é tudo isso.

A rede mais famosa de privacidade no mundo cripto pode estar perigosamente perto de perder o controle de si mesma.

A Qubic, projeto liderado por um dos fundadores da IOTA, chegou a controlar mais de 27% do hashrate do Monero.

O objetivo declarado? Alcançar 51% ainda em agosto. E não é teoria: o próprio criador disse isso publicamente.

A comunidade reagiu, e o domínio caiu… mas o estrago já está feito.

Isso é mais que um risco técnico. É um sinal de que qualquer rede PoW com incentivo mal calibrado pode ser “comprada”, sem precisar de nenhuma brecha de segurança.

A estratégia da Qubic é minerar Monero, vender por USDT e queimar o próprio token. E o modelo tem atraído mineradores, que estão topando “entregar a rede” em troca de mais lucro.

Não se trata só de matemática. É sobre incentivos. A famosa teoria dos jogos em jogo haha:

E o mais bizarro? O ataque (ou melhor, a “demonstração econômica”) pode causar atrasos, blocos rejeitados e instabilidade, mesmo sem intenção maliciosa.

O XMR segue estável por enquanto, mas o alerta foi dado: Não basta proteger o código. É preciso proteger o modelo.

🧓 OGs do Bitcoin estão saindo e isso é ótimo

Muita gente ficou assustada com a movimentação recente de carteiras antigas despejando BTC no mercado.

Inclusive uma baleia da era Satoshi que vendeu mais de 80.000 bitcoins, coisa de US$ 9,6 bilhões.

Mas aqui vai o ponto: isso não é sinal de colapso. É evolução.

O BTC está saindo da mão dos cypherpunks e libertários de 2010… e indo pra tesourarias, ETFs, fundos institucionais. De um ativo de nicho, o Bitcoin virou peça central no tabuleiro da economia global.

Hoje, mais de 3,6 milhões de BTC estão nas mãos de 219 entidades — de empresas públicas a governos.


É como se os OGs tivessem cumprido sua missão: acumular, segurar, educar… e agora entregar o bastão pra nova geração institucional.

Isso reduz a volatilidade, aumenta a liquidez e mostra maturidade. Talvez o BTC precise mesmo deixar de ser “rebeldia cripto” pra virar infraestrutura financeira mundial.

A pergunta que fica: Você ainda tá olhando pra quem vende... ou pra quem tá comprando?

Não somos gurus financeiros! Use este artigo para se informar, mas lembre-se de que investir é arriscado e vale a pena fazer sua própria pesquisa.

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